Imagine uma pessoa que nasceu mulher/feminina, por exemplo, e, em dado momento da vida, começa a se perceber e se expressar como um homem/masculino, passando, então, a adotar comportamentos e se sentir mais confortável na aparência masculina. Esse indivíduo pode ser compreendido na expressão de seu gênero sendo um homem trans. E independentemente dessa constatação, esse homem trans, não necessariamente há de se sentir atraído por mulheres, simplesmente por se compreender homem, pois, nesse caso, distante da questão unicamente sexual, leva-se em consideração o gênero deste indivíduo. Já, a sexualidade, está na orientação que esta pessoa se sente confortável.
É importante que busquemos o entendimento de nossa sexualidade, pois, dessa forma, não nos frustramos pela liberdade de expressão sexual e de gênero do outro. Esse entendimento traz conforto e paz para si mesmo e para o outro também. Assim, conseguimos contribuir com respeito para com o bem-estar das pessoas de nosso entorno e da sociedade em geral.
LGBTQIA+
LGBTQIA+ é sigla usada para descrever a Orientação Sexual e quer dizer “Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero/Transsexuais, Queer, Intersexuais, Assexuais, +(entre outros)”.
Transgênero é uma identidade de gênero e não tem exatamente a ver com orientação sexual. Gênero é uma forma diferente de dizer “homem” ou “mulher”. Pessoas transgêneros podem ter o corpo correspondente a um dos gêneros, mas, não se sentirem daquele gênero em que se encontra, normalmente, sentindo como se estivesse nascido “em um corpo diferente”. Então, dependendo do entorno do indivíduo nessa situação, um dilema surge. E é aí que a Terapia para Questões de Gênero há de ser a melhor escolha, para que, junto com ajuda especializada, o indivíduo consiga perpassar, se for o caso, pela transição de gênero, porém, tendo acompanhamento e suporte emocional de um psicólogo.
Muitos adolescentes LGBTQIA+ passam por bullying, rejeição da família e de outros grupos ao redor. O preconceito, infelizmente, ainda permeia as camadas da nossa sociedade. O entendimento e aceitação de outros nichos culturais, se dá com o tempo, mas, apesar de a discriminação sexual e de gênero serem crimes, ações preconceituosas acontecem, gerando transtornos emocionais nas vítimas, e, muitas vezes, sequelas essas que podem nunca serem curadas, mas que, quando discutidas em terapia o mais cedo possível, podem ser ressignificadas e recondicionadas dentro da jornada do indivíduo.
Afinal, Orientação Sexual é realmente uma questão de escolha?
Orientação Sexual não é algo que se é opta, ou seja, que se escolhe. Especialistas discutem questões bem mais aprofundadas e complexas, sempre com base na ciência, considerando fatores psicológicos, antropológicos, biológicos, ambientais, hormonais, genéticos, entre outros, na influência de uma orientação sexual específica de um indivíduo.
De maneira geral, orientação sexual não é algo que uma pessoa possa escolher voluntariamente. É um fenômeno natural e involuntário. Não se escolhe. E, também, não se decide pelo outro, de forma que, não é uma postura adequada pressionar alguém a ter um rótulo, como que sendo ‘gay’ ou ‘hetero’. Algumas pessoas descobrem sua sexualidade bem cedo e outras podem perceber o que lhe é sexualmente confortável já em alguma fase mais avançada da vida. E tudo bem.
Independentemente da nossa própria orientação sexual, buscar entender sobre outros tipos de relacionamentos pode ajudar muito no processo de conviver de forma mais leve em sociedade. Afinal, todos nós, por mais parecidos que podemos parecer ser com semelhantes, somos, em suma, muito diferentes. Seja na forma de pensar, na maneira de agir, e, enfim, na maneira de expressarmos nosso gênero e nossa sexualidade.
Orientação Sexual tange primariamente a atração física, que em paralelo liga-se a relação sexual que uma pessoa sente por outra. Existem diversos tipos de orientação sexual. Abaixo alguns exemplos comuns:
Heterossexual: São emocionalmente e fisicamente atraídas por pessoas do sexo oposto. Exemplo – Homens são atraídos por mulheres e as mulheres sentem-se atraídas por homens.
Homossexual: São emocionalmente e fisicamente atraídas por pessoas do mesmo sexo. Exemplo – Homens são atraídos por homens e as mulheres sentem-se atraídas por mulheres.
Bissexual: São emocionalmente e fisicamente atraídas por pessoas de ambos os sexos.
Assexual: São pessoas não interessadas em sexo com homens ou com mulheres. Mas não deixam de se sentir emocionalmente próximas de outras pessoas.
Pansexual: São emocionalmente atraídas por outras pessoas, independentemente gênero, se gay, hétero, bi, masculina, feminina, transgênera, não binária etc.
Ao longo da adolescência é natural nos sentirmos atraídos ou pensarmos sexualmente em pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto. É natural também que estes pensamentos sexuais e atrações nos confundam. Essa reflexão nos faz ir descobrindo sobre como é nosso próprio desejo sexual. Essas reflexões e descobertas faz com que nos rotulemos dentro de uma orientação específica, por exemplo “Ah, sou homem, sinto atração por mulher, sou heterossexual…”.
Uma grande parte da sociedade acaba tendo a mesma orientação sexual para sempre. Mas, nenhuma orientação sexual há de ser eterna, obrigatoriamente. Entretanto, é possível que possamos nos identificar como heterossexuais em algum momento da vida, e, em outro momento da vida, nos sentirmos sexualmente atraídos por pessoas de ambos os sexos e/ou do mesmo sexo, e, com isso, nos identifiquemos bissexuais ou gays. E, tudo bem não ter rótulos também. O mais importante é que, independentemente da orientação que estivermos vivenciando, que possa ser bem resolvida no âmago e possamos encarar nossos impulsos de forma saudável e feliz.
Não só adolescentes, mas, quem estiver em situação de vulnerabilidade emocional causada por entes próximos, ou mesmo por seus próprios medos e anseios, têm um risco maior de passar por problemas como ansiedade, depressão, bem como, síndromes diversas. Nesses casos, é de extrema importância pedir ajuda. Também é importante frisar, que, tudo que é tratado na sessão de terapia, fica na sessão de terapia. Sempre em sigilo absoluto. Vamos juntos?
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